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A secretaria de Segurança Pública do Rio pediu a demissão de sete oficiais da Polícia Militar, entre eles o coronel Alexandre Fontenelle, acusado de chefiar um esquema de pagamento de propina quando comandava o 14º BPM (Bangu). A decisão, do dia 19 do mês passado, foi do então secretário de Segurança, general Richard Fernandez Nunes. O parecer ainda precisa ser submetido à Justiça.
Além de Fontenelle, também foram pedidas as demissões de Edson Alexandre Pinto de Góes, Carlos Alexandre de Jesus Lucas, Nilton João dos Prazeres Neto, Rodrigo Leitão da Silva, Walter Colchone Netto e Renato Leal Martins da Silva. Os cinco primeiros são acusados de fazer parte da mesma quadrilha que Fontenelle. O pedido de demissão será submetido aos desembargadores da Quinta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, que poderão votar contra ou a favor da exclusão. Ainda não há data para a sessão.
Para serem demitidos da PM, os oficiais precisam ser submetidos ao chamado Conselho de Justificação, que é finalizado com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio. O Conselho de Justificação dos policiais foi aberto em outubro de 2014 e já dura mais de quatro anos.

Já Renato era instrutor do curso de treinamento no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em novembro de 2013, que terminou com um recruta da PM morto. Ainda não há definição da Câmara Criminal pela qual ele será julgado.
Fontenelle, que está em liberdade, foi condenado a seis anos de prisão por lavagem de dinheiro em setembro do ano passado. Ele ainda responde a um processo por associação criminosa. De acordo com informações do Ministério Público estadual do Rio, o crime de lavagem cometido por Fontenelle foi evidenciado pela compra de dois apartamentos, no Grajaú e em Jacarepaguá. Segundo a denúncia do MP, o dinheiro usado na compra do imóvel seria fruto das ações criminosas do policial. O major Edson Góes, que foi subcomandante do COE, também foi condenado por lavagem de dinheiro.
Cobrança de propina
Os policiais militares são acusados de fazerem parte de um esquema de cobrança de propina de comerciantes, ambulantes, cooperativas de vans e mototaxistas que trabalhavam na área do Batalhão de Bangu. O coronel Fontenelle, que comandou a unidade, é acusado de liderar a quadrilha. Segundo as investigações, as extorsões ocorreram em 2012 e 2013. A quadrilha exigia propinas semanal ou mensalmente que variavam de R$ 50 a R$ 10,4 mil.


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